AVANÇANDO PARA
O
DESENVOLVIMENTO
O sucesso e a
unanimidade sobre a beleza e a qualidade dos móveis made in Parauapebas, que
quase ninguém conhece começou há dezenas de anos, quase vinte anos atrás. A luta
constante de Sergel, seu atual presidente num mandato de quatro anos, nos fez “salvar”
a cooperativa em diversificadas ocasiões. O maior evento foi a doação do
terreno atual para a locação de todas as movelarias da cidade. Depois não
conseguimos legalizar e nem estabelecer um controle mínimo sobre o
desenvolvimento, haja visto excessiva individualidade dos quase oitenta empresários
dali. A luta pelo CEPROF enfrenta a tremenda e burra burocracia municipal e
estadual, enfrenta os impedimentos da VALE e tem em Darci seu principal apoiador
pois foi ele quem escutou os pedidos, adquiriu, documentou e entregou aos
cooperados aqueles terrenos hoje valiosos.
Não temos ali uma
estrutura de cooperativa como a entendemos. Temos um poderosos embrião. Em 2013
fizemos o projeto do MÓVEL SUSTENTÁVEL e em dez anos estabelecer o DISTRITO
MOVELEIRO DA AMAZÔNIA, aqui em Parauapebas, como pessoal treinado em designer
de móveis, fornecimento público e venda para o exterior com o selo MADEIRA
SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA. O projeto foi apresentado a SEDEN e o termo de referência
chegou a ser feito e apresentamos a proposta de executarmos, impedidos que
fomos pela gestão perversa e mentirosa de Valmir da Integral.
O POLO MOVELEIRO tem
planos e tem liderança. TEM qualidade, beleza, e um design próprio que pode ser
melhorado. Precisa da atenção das forças econômicas da região e do apoio sem ingerência
dos poderosos. É algo que se está construindo há quase trinta anos, não é
novidade. O que se tem ali e se apresenta é trabalho continua, alegria,
frustração, resistência. Estamos com os moveleiros deste o começo. Em breve
será lançada a revista MOVELEIROS, onde se vai retratar essa luta. Precisamos da
madeira resultante da supressão vegetal da mineração e precisamos de apoio dos
órgãos regulares e da PMP. Precisamos dos bancos e de planejamento. Temos ideias
e projetos, estamos em movimento.
A
MINERAÇÃO em ambiente de selva e a céu aberto gera milhares de
Subprodutos. Sendo obrigado a fazer a
supressão vegetal nas áreas alvo, maquinas e centenas de homens dão cabo a
milhares de arvores, bichos, pássaros. Em pouco tempo, milhares de hectares
estão devastados, prontos para as máquinas da mineração iniciarem seus trabalhos.
É algo terrível, avassalador.
A
selva cede lugar a buracos medonhos, a devastação ambiental maior que o
lançamento de todas as bombas da segunda guerra mundial. E isto feito por empresas
certificadas, com experiência e vivencia em milhares de devastações programadas
neste nosso imenso Brasil
Em
Carajás e S11D não poderia ser diferente e jamais seria. Minas com infindável
potencial mineral comprovado, mas sob o solo de matas e florestas virgens,
antes primeiro alguém tem que limpar a área. As empresas de supressão entram,
com seus equipamentos e homens e promovem a primeira grande destruição.
Depois
vem os mineiros, instalam seus equipamento, perfuram o solo e retiram de lá
milhões de dólares em ferro, ouro, cobre e tantos outros mais minerais fartos
aqui no nosso pais.
O
que estava à superfície, não serve. São devastados e amontados num canto. Vamos
ver o que valem? Em relação ao ferro, ao outro e aos outros materiais, valem
muito pouco, quase nada.
Para
a VALE.
E
para a indústria da madeira, o que valem? Tudo.
Essa madeira descartada pode ser a diferença entre a vida e a morte da
indústria moveleira no sudeste do Pará e quiçá, no mundo inteiro. Mas como não
é o foco da mineração e nem produto mineral ela fica ali, apodrecendo. São
milhares, talvez milhões de dólares desperdiçados, ali jogados dolorosamente. Não
bastou a sangria da floresta, a sangria do seu solo. Agora descartadas, as
árvores que geravam vida agora podendo gerar riquezas e mais vidas estão ali a
apodrecer. Talvez estejam ali a espera de virarem pó, cortadas por monstruosos
equipamentos construídos para esse fim.
Chega
a soar incompreensível. O pior na nossa região é que, dada os controles
ambientais e a fiscalização, o comercio da madeira praticamente se extinguiu.
Com
cerca de oitenta empresários, o Polo Moveleiro de Parauapebas está largado
quase que as moscas, cada dia mais utilizando placas artificiais para sua
movelaria. E estamos perdendo oportunidades. Existente há mais de vinte anos a
cooperativa não consegue deslanchar justamente pela escassez da madeira.
Madeira que hoje apodrece nos pátios da mineradora.
Foram
pedidos licença ambientais da cooperativa. Foi solicitado o CEPROF e tudo está
em andamento. Na sequência ao obter a madeira, a cooperativa planeja certifica
a origem e ostentar o selo de Madeira sustentável. Ganhar mercado nacional e internacional.
Se tornar fornecedor local da prefeitura de Parauapebas e fornecedor regional.
Estamos
nesta luta, reuniões foram realizadas no âmbito da prefeitura, Vale e
presidente da cooperativa. Aguardamos, nosso futuro em parte, depende dessa
liberação. É uma salvaguarda a floresta destruída.
Texto
extraído da revista MOVELEIROS, PGS 3 E 4, em edição
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