Imagine uma
situação, onde estão os vereadores Dr. Charles, representado o executivo municipal,
a figura do prefeito Valmir da Integral,
os vereadores Pavão e Devanir, a ex-vereadora Priscila, representantes
dos secretários da Agricultura – Erasmo e de Obras – Nonato, o Diretor de Operações da SAAEP e membro da
Diretoria do Evento – Sergel e centenas de
microempresários, moveleiros com suas esposas e filhos e ainda, pastor
Adeuvaldo sendo empossado como líder desse agrupamento de empresários, denominado
Pólo Moveleiro de Parauapebas. Imagine agora nossa presença junto do que há de mais moderno, inovador e
estratégico na economia e política de Parauapebas. Toda a sociedade desta cidade deve prestar atenção a condição que temos
hoje e que não vai durar para sempre: ainda somos os aposentados da VALE,
vivemos às custas do mineiro de ferro retirado do nosso solo. Em breve, não
haverá mais minério. De que viveremos? Certamente não será de lembranças ou de
poupança, mas de empreendimentos que começarem agora e que sejam perenes e
auto-sustentáveis. Que, quando na falta do minerio, possa colaborar com
recursos para continuarmos crescendo e acolhendo gente de todo o país. E a
movelaria, pela sua dinâmica e capacidade de gerar beleza, conforto e
elegância, estará liderando, seja com novos materiais e design, seja com reservas
florestais plantadas para este fim, seja trabalhando produtos ainda nem
existentes. Mas se depender desse pessoal, estará la. O que vimos neste evento
demonstra uma união de pessoas e interesses raramente vista nesta cidade onde
todos estão acomodados a viver as custas de um mineral esgotável. Ações da
mineradora e fome do mundo, não faltam para consumir este riqueza atual. Apesar
de acreditar que a riqueza maior – a mata, seus bichos, riachos e vermes, sejam
imensamente mais valiosos. Mas voltando ao evento, realizado num ambiente
familiar, um local bem cuidado, belo, com a presença de varias autoridades
municipais e sem a presença da imprensa, ontem
a COOPMASP, a cooperativa dona do Pólo Moveleiro de Parauapebas, um mega
empreendimento associativo, teve a sua
troca de diretoria realizada dentro de padrões que deveriam se tornar exemplo
para entidades locais que almejam ser levadas a serio frente a sua pratica de governança corporativa e
transparência.
E não é fácil:
a troca de diretoria é um evento
importante para qualquer entidade.
A nova diretoria traz novas idéias, verifica os vícios da antiga, é uma
oportunidade de renovação. E quando este
momento é aberto para autoridades e comunidade é o momento de firmar um
pacto social de gestão e melhor tratamento de recursos dos sócios. Ficamos uma
semana trabalhando no evento, decidido há quase dois meses atrás. Deste então
ficou decidido que seria um momento para marcar novas parcerias e reafirmar antigas,
definir a atuação do executivo municipal frente as demandas físicas e de
situação do pólo e envolver ainda mais as pessoas certas, abrindo o processo a
todos os interessados em mudar o futuro, ou mesmo, construí-los com estes
homens.
Convocamos
então o Dr. Charles para uma reunião, onde se definiu quanto estava previsto no
orçamento 2013 para o pólo e como seria a ação da cooperativa para materializar
estes recursos o mais rápido possível. Ficamos sabendo que seriam aplicados 2 milhões
de reais num alambrado externo e em asfalto. Mas a emenda orçamentária fora
proposta pela então vereadora Priscila, esposa do atual vereador e estimulador
decidido do pólo, mandando instalar poço artesiano, eletricidade e outras
benfeitorias. A posse seria um momento de externar a gratidão e reafirmar a
continuidade da parceria. Um convenio com o secretário da agricultura, Sr..
Horacio, foi estabelecido em padrões e custos, em andamento a assinatura do
mesmo, para prover de madeira de qualidade o pólo, dentro dos próximos dez
anos. A plantação prevê doação de mudas nobres pela cooperativa e prefeitura,
num replantio definido pelo novo código florestal e dentro dos parâmetros
levantados pelo inédito e espetacular Censo Agropecuário de Parauapebas,
inovação dessa secretaria.
Assim, todas
as autoridades foram convidadas a compor a mesa. Todos falaram com competência
e conhecimento. Todos externaram seu apoio, com os vereadores Charles, Devanir
e Pavão, se comprometendo a apoiar ainda mais e com melhores conhecimentos, os
planos do Pólo Moveleiro, tornando-o melhor, com mais recursos orçamentários e
qualidade técnica de seus móveis e produtos.
Convidados,
ICMBIO E VALE, não compareceram. A VALE, pela importância estratégica desse
gigante na região, aberta a possibilidade de vencer a burocracia e ceder a
madeira esta apodrecendo nos seus pátios, retiradas seja para a segurança dos
transeuntes, pessoas e veículos dentro de sua área de atuação, seja o desmatamento
para a exploração mineral. Esta madeira poderia fazer toda a diferença para o Pólo
e seus associados. Estamos lutando e há cooperação, mas entendemos que poderia
ser mais rápido, mais fácil uma ação tão obvia em relação ao meio ambiente.
Os bancos
também não compareceram, perdendo a oportunidade de ver os suportes, as famílias
reunidas e como se dão as relações entre os membros associados, quesito importante para futuros financiamentos consorciados.
E finalmente,
a imprensa local, acostumada a lances espetaculares e vazios, não deu as caras.
Uma oportunidade de melhor explicar a renovação associativa e profissional de
Parauapebas frente a urgente necessidade de modificar sua matriz de arrecadação
tributaria.
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