Programa criado pelo Instituto Leo, da rede Leo Madeiras, com o CIEDS, vai disponibilizar auxílio de R$ 600 para cada profissional selecionado em duas parcelas de R$ 300
O programa Marcenaria do Bem concluiu o processo de seleção para auxiliar marceneiros que perderam renda neste período de quarentena. Nesta última semana, foram selecionados 3.684 profissionais de diferentes regiões do país para receber um benefício no valor de R$ 600, divididos em duas parcelas mensais de R$ 300. No total, o programa irá distribuir mais de R$ 2 milhões.
A iniciativa foi criada pelo Instituto Leo, entidade do terceiro setor mantida pela rede Leo Madeiras, maior distribuidora de materiais para marcenaria e indústrias de móveis do Brasil, juntamente com o Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (Cieds), organização social que promove prosperidade construindo redes de parceiros estratégicos comprometidos com melhorias sociais em âmbito nacional.
Como funciona
O auxílio financeiro proporcionado pelo programa ficará disponível aos marceneiros selecionados em um cartão virtual, vinculado a uma conta digital no Banco Afro, e só poderá ser utilizado para alimentação, saúde e compra de materiais de trabalho. Os valores oferecidos não poderão ser sacados em espécie, empregados no pagamento de boletos ou redirecionados por meio de transferência bancária. A primeira parcela do benefício será creditada em aproximadamente 72 horas após os contemplados entregarem a documentação solicitada e realizarem a ativação de suas respectivas contas digitais no Banco Afro. Já a segunda parcela ficará disponível cerca de 30 dias depois da data de crédito da primeira.
Como forma de ajudar ainda mais pessoas, os selecionados pelo Marcenaria do Bem serão incentivados a produzir peças para doação a instituições ou organizações sociais que estejam passando por dificuldades. No site do programa (www.marcenariadobem.com.br) profissionais contemplados ou não pela iniciativa também podem ter acesso gratuito a mais de 90 conteúdos online que oferecem dicas de cuidados com a saúde, orientação profissional e instruções para a produção de diferentes tipos de móveis e utensílios.
“Acredito que o Marcenaria do Bem cumpriu bem com a sua missão. Conseguimos ajudar um número de marceneiros um pouco maior do que o que estava previsto no início. Claro que essa é uma pequena contribuição frente às dimensões do problema que estamos enfrentando no momento, mas foi muito gratificante para nós termos feito tudo o que esteve ao nosso alcance para ajudar os profissionais que sempre estiveram conosco”, afirma Andrea Seibel, CEO da Leo Madeiras.
Corrente do bem
Inspirado no programa Pintar o Bem, lançado em abril pela Suvinil também juntamente com o CIEDS, o Marcenaria do Bem teve como parceiros estratégicos a própria marca de tintas da BASF, o Banco Afro e a Duratex S.A. Para ampliar o número de profissionais beneficiados, o programa ainda contou com um sistema de financiamento coletivo que teve a adesão de 44 doadores, entre empresas e pessoas físicas.
Emílio Janner, participante do financiamento coletivo, viu na iniciativa uma boa forma para ajudar quem está passando por dificuldades neste período. “Jamais imaginaríamos passar por um momento tão ímpar. Trata-se de uma situação que clama por reflexão sobre nossa fragilidade, nossas conexões e sobretudo nosso senso de colaboração. Ao me deparar com esta iniciativa fiquei com o coração cheio de esperança e decidi contribuir um pouquinho para aqueles que momentaneamente estão precisando mais do que eu”, diz.
Já Valmir Gonçalves de Aquino, um dos beneficiados pelo programa, conseguiu assegurar alimentação para sua família. “Essa ajuda veio na hora certa. Desde janeiro estou sem trabalho fixo. Agora vou poder garantir arroz e feijão em casa”, afirma.
Processo Marcenaria do Bem
Interessados em participar da seleção para o Marcenaria do Bem fizeram suas inscrições entre os dias 19 de maio e 14 de junho no site da iniciativa. Os escolhidos precisaram cumprir com todos os pré-requisitos exigidos pelo programa e tiveram seus cadastros avaliados por um sistema de pontuação que considerou fatores como número de dependentes, atuação como MEI, menor renda familiar, doença pré-existente, filiação a alguma associação de marceneiros, participação em cursos oferecidos pela Leo Madeiras e cliente da rede.