O POLO MOVELEIRO DE PARAUAPEBAS, através
de sua COOPERATIVA DOS SERRADORES E MOVELEIROS DE PARAUAPEBAS, é nossa
cliente há longa data. Fomos contratados num momento de grave crise
jurídica, a quase execução judicial de seus diretores por dividas com a
receita e demais órgãos federais. Resolvido esta questão através de
negociações e pagamento mensal de todos os impostos devidos e em atraso,
reformamos seu estatuto; reestruturamos sua contabilidade e orientamos
seu presidente a organizar o capital da mesma.
Também conseguimos, via governo do estado do Para, um empréstimo de R$6.000,00 para cada associado, quando reformulamos as diretrizes internas e cedemos nosso escritório, então na Rua Cinco, para as reuniões e apresentação dos documentos.
Infelizmente a organização da produção dos moveleiros de Parauapebas ainda não se tornou possível porque falta madeira, todos os associados vivem em relativa dificuldade econômica e não tem interesse em melhorar sua situação. Não investem em designer, não estudam ergonomia, não investem em criação e novos recursos. Há muito o que fazer na Coopmasp. Apresentamos dois projetos interessantes para o desenvolvimento da cooperativa e do Polo Moveleiro que poderão ver na seqüência deste texto: um projeto para resolver questões emergências e um amplo projeto industrial. Estamos esperando retorno das lideranças dos moveleiros no sentido de irmos atrás dos recursos. Vejam parte deste projeto que inclusive prevê uma serraria e estufa comunitárias no pólo.
Também conseguimos, via governo do estado do Para, um empréstimo de R$6.000,00 para cada associado, quando reformulamos as diretrizes internas e cedemos nosso escritório, então na Rua Cinco, para as reuniões e apresentação dos documentos.
Infelizmente a organização da produção dos moveleiros de Parauapebas ainda não se tornou possível porque falta madeira, todos os associados vivem em relativa dificuldade econômica e não tem interesse em melhorar sua situação. Não investem em designer, não estudam ergonomia, não investem em criação e novos recursos. Há muito o que fazer na Coopmasp. Apresentamos dois projetos interessantes para o desenvolvimento da cooperativa e do Polo Moveleiro que poderão ver na seqüência deste texto: um projeto para resolver questões emergências e um amplo projeto industrial. Estamos esperando retorno das lideranças dos moveleiros no sentido de irmos atrás dos recursos. Vejam parte deste projeto que inclusive prevê uma serraria e estufa comunitárias no pólo.
RELATÓRIO
DE CONTROLE AMBIENTAL
-RCA-
Com
vista ao licenciamento Ambiental da empresa_______________________________. junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Parauapebas - SEMMA –
Município de Parauapebas – Pará.
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO........................................................................................01
2. IDENTIFICAÇÃO DO
PROJETO.................................................................02
2.1 Responsáveis
técnicos........................................................................... 03
3.
HISTÓRICO..................................................................................................04
3.1 Produção de Móveis no
Brasil...................................................................04
3.2 Produção de Móveis no
Pará....................................................................08
3.3Produção
de móveis em Parauapebas........................................................09
4. O EMPREENDIMENTO
................................................................................11
4.1
Localização..................................................................................................12
4.2
Área.............................................................................................................12
4.3 Custo
do
Projeto.........................................................................................13
4.4
Fonte de abastecimento e consumo de
água.............................................14
4.5
Fonte de consumo de energia
elétrica........................................................14
4.6
Matéria-prima utilizada................................................................................15
5. AVALIAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS
IMPACTOS AMBIENTAIS.............16
5.1
Avaliação.....................................................................................................17
5.1.1
Impacto sobre o meio físico......................................................................17
a) Solo..........................................................................................................17
b) Recursos
atmosféricos............................................................................17
c) Recursos
hídricos...................................................................................18
5.1.2
Impacto sobre o meio
antrópico...............................................................19
6. MEDIDAS
MITIGADORAS..........................................................................20
6.1 Águas
Residuárias......................................................................................20
6.2
Emissões Atmosféricas...............................................................................22
6.3
Resíduos
Sólidos........................................................................................23
6.3.1 Resíduos de
Madeira...........................................................................23
6.3.2 Resíduos Sólidos
Diversos...................................................................25
6.4
Ultilização de novas
tecnologias..................................................................25
6.5
Segurança....................................................................................................26
7.RESPONSABILIDADES...............................................................................27
a) Empresa..............................................................................................27
b) Funcionários.............................................................................................27
8.
REFERÊNCIAS............................................................................................28
LISTAS DE
ANEXOS.......................................................................................30
LISTAS DE TABELAS E FIGURAS
Figura 01: Concentração
de Indústrias Moveleiras por Região no Brasil.........07
Figura02:
Vista da Área do Pólo Moveleiro de
Parauapebas .........................13
Figura 03: Vista
da Área do Pólo Moveleiro as margens
rodovia PA..............13
Tabela 01: Números
de Indústrias Moveleiras por Região...............................05
Tabela 02: Principais
Pólos Moveleiros do Brasil.............................................07
Tabela 03: Especies
que seram mais ultilizadas no pólo moveleiro................15
Tabele 04: Rendimentos
obtidos após beneficiamento...................................23
1. APRESENTAÇÃO
Desde
o início do século xx produtos manufaturados brasileiros vêm sofrendo uma
crescente evolução e diversificação. Esse fato se justifica por algumas razões,
dentre as quais se destacam: a expansão tecnológica, evolução da globalização e
das exigências do mercado consumidor em nível global.
Nesse contexto, observa-se, principalmente, na
pequena e média empresa, uma preocupação gerencial com a reformulação dos
processos produtivos para acompanhar essas transformações mundiais e tornar o
desenvolvimento e fabricação cada vez mais competitivos ou apenas sustentáveis.
A
indústria de móveis, por exemplo, surgiu no Brasil no começo do século xx, em São Paulo, com pequenas
marcenarias familiares geradas, pela imigração italiana. A partir daí, e até a
década de 1950, predominou a produção artesanal. Em meados dessa década,
iniciou-se a fase industrial. Desde então, por meio de investimentos em
máquinas e equipamentos, além da criação de centros de treinamentos
tecnológicos, esse setor industrial tem apresentado taxas elevadas de
crescimento (COUTINHO, 2000).
Contudo,
o investimento em tecnologia proporcionou um aumento de competitividade entre
organização desse ramo, o que formaram empresários a analisar estrategicamente seus
processos de produção e observar condições externas que afetavam esses
processos para satisfazer as necessidades do consumidor (ABIMÓVEL, 1999).
Assim,
para aumenta as exportações, por exemplo, foi realizado um estudo recente sobre
o mercado Norte- Americano, o qual apresentou o volume da produção, as
características da matéria prima e dos fornecedores, o perfil (uso e costume) e
o design americano do móvel (ABIMÓVEL,
1999).
Nesse
âmbito, alguns estudos têm sido realizados visando o crescimento industrial e a
melhora dos processos produtivos, tal como o trabalho de Poter (1980) que faz
uma análise de como as empresas poderiam criar e sustentar uma vantagem
competitiva perante seus concorrentes.
As
possibilidades de aprimorar a indústria moveleira de Parauapebas em termos de
inovação, qualidade do produto, ganhos de participação no mercado e
desenvolvimento gerencial justificam o empenho da em
atuar como prestador de serviços comum e
como catalisador do processo de desenvolvimento, fundamental para viabilizar
projetos coletivos entre as empresas moveleiras da cidade, explorando as
diversas alternativas e potencialidades de crescimentos no ramo.
A
criação do Pólo Moveleiro é uma maneira de centralizar a produção de móveis em
grande escala em uma área específica fora do centro urbano, como também uma
forma de gerar mais emprego no município e na região, e diversificando a
produção com novos tipos de artefatos de madeira, e de madeiras alternativas
para a produção de móveis, vem contribuir para os investimentos necessários de
nossa empresa nesta região.
O
presente Relatório de Controle Ambiental visa apresentar os vários elementos
que subsidiarão a implantação e operação no Pólo Moveleiro de Parauapebas, o qual
será composto por varias empresas com características similares da indústria
moveleira local. Assim, este fato merece a atenção por parte de todos aqueles
preocupados com o fortalecimento dos arranjos
produtivos locais como base para o desenvolvimento sustentável do município
e da região sul do Pará.
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Nome Fantasia:
Endereço:
.Entre o Km 03 e 04 no sentido PA 160 e PA 275 – Zona
Rural
Local de Atividade: Município
de Parauapebas, Estado do Pará.
Natureza do Estabelecimento: Fabricação
de artefatos diversos de madeira, Palha, cortiça, material trançado – inclusive
móveis
Área total: m²
Área construída: m²
Diretor;
Telefone: (94)
2.1. Responsáveis Técnicos
Nome: Roginaldo Rebolças
Rocha
Formação:
Engenheiro Sanitarista, Especialista em Gestão e Manejo Ambiental.
Registro: N°13.217 D – CREA/CE
Endereço:
Rua G, N°66, Bairro União Parauapebas – PA, CEP: 68.515-00.
Telefone: (94)9904-4783
ou (94)9136-2194
E-mail: roginaldorr@gmail.com
3.0 HISTÓRICO
3.1 Produção de Móveis no Brasil
A
produção de Móveis no Brasil teve sua origem com o trabalho artesanal em
madeira, que pode ser considerado uma herança dos portugueses, sendo a
influência dos portugueses e outros imigrantes europeus marcantes até o inicio
do século xx.
Os
artesãos produziam móveis clássicos, Através de cópias de modelos europeus, os
quais possuíam somente a madeira de origem brasileira. A partir do ano de1808 a
abertura dos portos fez com que surgissem os primeiros indícios de fabricação
de móveis industrializados. A cultura industrial moveleira surgiu no começo do
século xx com pequenas marcenarias de artesãos italianos, devido a grande
imigração da época (SANTOS,1995).
Ainda
segundo o autor a interrupção das
importações devido à primeira guerra mundial aumentou a produção de
móveis no Brasil, e mais tarde, no
segundo pós guerra os móveis começaram a
ser produzidos em série.
A
ABIMÓVEL (2004) traça uma cronologia dos principais fatos sobre a indústria moveleira,
dentre eles cita que em 1890, começam a ser produzidos móveis em escala pela
Companhia de Móveis Curvados no Rio de Janeiro A.S., de Petrópolis, em 1897.
Os
móveis estofados Juntamente com colchões começaram a ser produzidos em Curitiba pela
Fábrica de Móveis Ronconi, no ano de 1919, e a Companhia Industrial de Móveis implantada pela serraria de tábuas de pinho e imbuia situada em Rio Negrinho – SC se
transforma em 1951 na conhecida Móveis Cimo S.A.
Outros
acontecimentos importantes na produção de móveis no Brasil, segundo a ABIMÓVEL
(2004) foram:
· O primeiro concurso de mobília Proletariado do
Brasil, criado por Mario de Andrade em 1936;
· O
lançamento das chapas aglomeradas em 1966, pelas placas do Paraná;
· A
Fundação da AFAN – Associação Nacional dos Fabricantes de Móveis no ano de 1977;
a criação do SENAI- CETEMO – centro tecnológico do mobiliário do Senai em Bento Gonçalves,
no ano de 1983;
· Em 1992, a criação da ABIMÓVEL
Associação brasileira das indústria dos mobiliário;
· A
implantação do primeiro curso superior da tecnologia em produção moveleira da
Universidade de Caxias do Sul - UCS, em
1994;
· E a
assinatura do Programa Brasileiro de Incremento à Exportação de Móveis –
PROMÓVEL em 1998.
A
indústria moveleira no Brasil surgiu com o desenvolvimento da indústria em São Paulo, com a maio
parte da sua produção voltada para o
mercado popular em formação, e desde então a indústria Brasileira de móveis vem crescendo gradativamente
(COUTINHO ET AL, 1999)
Segundos
dados da ABIMÓVEL (2004) a indústria brasileira de Móveis é construída de
16.104 ( dezesseis mil cento e quatro) micro, pequenas e médias empresas,
empregando cerca de 206.352 mil pessoas (ver tabela 01)
No
entanto, Valença at al (2002) acredita que este número seja muito maior, e que
informalmente existiam no país atualmente 50 mil empresas produtoras de móveis.
Estas empresas estão situadas na sua
maioria, no centro-sul do país dispostas em Pólos Moveleiros.
Tabela 01: Número
de Indústrias Moveleiras por Região
UNIDADE DA FEDERAÇÃO
|
N° DE EMPRESAS
|
N°TRAB.
|
Rondônia
|
128
|
833
|
Acre
|
43
|
205
|
Amazonas
|
40
|
460
|
Roraima
|
10
|
58
|
Pará
|
109
|
1.699
|
Parauapebas
(Cadastrados na COOPMASP)
|
53
|
648
|
Amapá
|
17
|
78
|
Tocantins
|
36
|
197
|
Maranhão
|
81
|
1.481
|
Piauí
|
63
|
990
|
Ceara
|
328
|
4.126
|
Rio
Grande do Norte
|
127
|
943
|
Paraíba
|
87
|
658
|
Pernambuco
|
298
|
3.287
|
Alagoas
|
62
|
734
|
Sergipe
|
76
|
654
|
Bahia
|
355
|
4.816
|
Minas
Gerais
|
2.126
|
24.717
|
Espírito
Santo
|
313
|
5.402
|
Rio
de Janeiro
|
583
|
5.367
|
São
Paulo
|
3.754
|
48.462
|
Paraná
|
2.133
|
29.079
|
Santa
Catarina
|
2.020
|
32.273
|
Rio
Grande do Sul
|
2.443
|
33.479
|
Mato
grosso do sul
|
131
|
602
|
Mato
Grosso
|
235
|
1.648
|
Goiás
|
398
|
3.334
|
Distrito
Federal
|
108
|
770
|
Total
|
16.10104
|
2006.352
|
Fonte: ABIMÓVEL, 2004 –
Adaptada.
Coutinho
ET AL (1999) destacou que os pólos localizados nos estados de Rio Grande do Sul
e Santa Catarina podem ser igualmente
caracterizados como pólos pioneiros, e outros pólos moveleiros como
Mirassol, Votuporanga, Ubá e Arapongas, foram implantados mais recentemente, a
partir de iniciativas empresariais, conjugadas com estímulos e linhas de
financiamento governamentais, sobretudo aquelas datadas do fim da década de
sessenta até o inicio da década de oitenta.
Concentração de fabricantes de Móveis no
Brasil
A
tabela 02 apresenta os principais Pólos Moveleiros, sua localização, quantidade
de empresas e empregados e os principais mercados, de acordo com a ABIMÓVEL
(2004).
Tabela 02: Principais
pólos moveleiros do Brasil.
PÓLO MOVELEIRO
Cidade Principal
|
ESTADO
|
EMPRESAS/
EMPREGADOS
|
PRINCIPAIS MERCADOS
|
Bento
Gonçalves
|
RS
|
370
/ 10.500
|
Todos
os estados e exportação
|
Ubá
|
MG
|
300
/ 3.150
|
MG,
SP,RJ,BA, e exportação
|
São
Bento do Sul
|
SC
|
210
/ 8.500
|
PR,SC,SP
e exportação
|
Mirassol
|
SP
|
210
/ 8.500
|
PR,SC,SP
e exportação
|
Arapongas
|
PR
|
145
/ 5.500
|
Todos
os estados e exportação
|
Linhares
e Colatina
|
ES
|
130
/ 3.000
|
SP,ES,
BA e exportação
|
Bom
Despacho
|
MG
|
117
/ 2.000
|
MG
|
Votuporanga
|
SP
|
85
/ 5.000
|
Todos
os estados.
|
Lagoa
Vermelha
|
RS
|
60
/ 1.8000
|
RS,SP,PR,
SC e exportação
|
Tupã
|
SP
|
54
/ 700
|
SP
|
Fonte: ABIMÓVEL (2004)
As
empresas que fabricam Móveis no Brasil são consideradas pela ABIMÓVEL (2004), como empresas familiares,
tradicionais e com a maioria do capital investido de origem nacional. Trata-se
de um setor com elevado número de micro e pequenas empresas, e que gera uma
grande quantidade de mão de obra.
3.2
Produções de Móveis no Pará
No
estado do Pará a produção de móveis em grande escala se deu em virtude da
exploração de madeiras nativas principalmente a década de 70, que em sua
maioria eram exportadas para outros estados e também para o exterior, sendo a
produção de móveis nessa época praticamente toda artesanal, através de fábricas
familiares implantadas em fundo de quintal.
Um
dos Pólos moveleiros mais importantes do Pará, é o Pólo Moveleiro de
Paragominas, que nasceu em 2001,
a partir da parceria entre o Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), Governo do Estado, Prefeitura Municipal,
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a agência fomentadora de
negócios da Câmara de Milão (Promos).
O
Arranjo Produtivo Local de Madeiras e Móveis – Nome mais técnico da iniciativa
vem apoiando o desenvolvimento da indústria moveleira da região, a partir da
utilização da madeira de forma ecologicamente correta.
Segundo
O SEBRAE, os resultados do Pólo Moveleiro são animadores. Estima-se que, em
2004, o volume de vendas tenha atingido R$ 2 milhões, 33% a mais que em 2003.
Em 2002, as vendas foram de R$ 822 mil. Além disso, as empresas do pólo (60no
total) geraram 488 empregos diretos só no ano passado.
A partir
de 2003, as empresas do Pólo Moveleiro de Paragominas ganharam competitividade e puderam alcançar
vôos maiores nos mercados fora do estado.com design diferenciado, além de
chegar aos estados da Bahia, Minas Gerais,, São Paulo e ao Distrito Federal,
produtos como portas e móveis também estão sendo vendidos para o exterior.
E a
cada ano essas vendas começam a ganhar destaque na pauta de exportações do
Pará. No ano passado, por exemplo, as exportações de móveis e artefatos de madeira cresceram 55% em relação a 2003.
Só com as vendas de 2004, o estado ganhou US$ 7,8 milhões. Em 2003, o Pará
obteve US$4.8 milhões com a exportação de móveis e artefatos de madeira (SEBRAE,
2006).
3.3Produção de Móveis em Parauapebas
A
produção de artefatos de madeira e moveis em Parauapebas também é bem recente, e conta-se desde a
implantação do projeto Ferro Carajás, que impôs ao mercado local a introdução
de novas peças de madeira, já que todos os móveis vinham de outros municípios,
sendo Marabá um dos principais fornecedores.
A
produção era toda artesanal com a fabricação de poucas peças,apesar da demanda
crescente, e hoje em dia muitos moveleiros ainda contam com esse tipo de
técnica, que apesar de ter uma baixa produtividade acaba se justificando devido aos altos custos
para a aquisição de maquias e equipamentos modernos.
O
primeiro passo para a implantação de um pólo moveleiro na cidade, conta do ano
de 1997, onde um grupo de 23 (vinte e três) micro empresários do setor
moveleiro de Parauapebas se juntaram , e no dia 11 de junho do mesmo ano
criaram a COOPMASP – Cooperativa da Indústria Moveleira e Serradores de
Parauapebas/PA. Da qual fazemos parte como cooperados e estamos já trabalhando
no Pólo Moveleiro de Parauapebas.
Para
a implantação no Pólo moveleiro, foi viabilizada uma área as margens da estrada
a acesso a ferrovia S/N Zona Rural. Hoje em dia a Cooperativa conta com cerca
de 70( setenta) associados.
4.0 O
EMPREENDIMENTO
A
indústria moveleira de Parauapebas e região reuniram vários elementos capazes
caracteriza – la como um arranjo produtivo local, pois concentra um número
significativo de empresas com características similares, englobando ciclo de desenvolvimento baseado no
desempenho da indústria moveleira local.
As possibilidades
de aprimorar a indústria moveleira em termos de inovação, qualidade do produto,
ganhos de participação no mercado e desenvolvimento gerencial justificam o
empenho da no projeto
de implantação e estruturação do Pólo Moveleiro de Parauapebas.
A
presença de uma cooperativa ativa, com condições de atuar como prestador de
serviços comuns e como catalisador do processo de desenvolvimento é fundamental
para viabilizar projetos coletivos entre as empresas cooperadas e demais segmentos
do setor moveleiro, explorando as varias alternativas e potencialidades de
crescimento da região.
A nossa
presença no Pólo Moveleiro de Parauapebas é uma maneira de não mais concentrar a
produção de móveis em grande, média e pequena escala na zona urbana do município,
possibilitando a saída das fábricas de fundo de quintal, como foi o nosso caso
indo para um local onde o processo industrial é mais qualificado, seguro e
comprometido com o modelo de desenvolvimento regional, bem como diminuindo os
transtornos a população circunvizinha.
Também
é uma forma de gerar um maior número de emprego, através da diversificação da
produção com novos tipos de tecnologias e a utilização de madeiras
alternativas, e até buscar consolidar o emprego de madeira certificada para a
produção dos móveis.
Com
nossa empresa já instalado no pólo vai
diversificar a produção e consolidar o município como “um produtor de
referência de qualidade em móveis”.Além da geração de empregos, a possibilidade
de se incrementar o”pool”de produtos que já existem no mercado Parauapebense e
também no mercado paraense, se torna um grande atrativo e justificam a
implantação do pólo.
O
Pólo tem concentrado várias pequenas e
médias movelarias de parauapebas integrante da COOPMASP – Cooperativa da indústria
Moveleira de Parauapebas/PA, Que tem como diretor presidente o Sr. Sergio
Ferreira Barbosa Neto, sendo a atividade principal da cooperativa a fabricação
de artefatos diversos de madeira, Palha, cortiça e material traçado – Inclusive
Moveis.
Atualmente
a cooperativa conta com 70 (setenta) empresas, sendo o efetivo total de mão de
obra de 648 (seiscentos e quarenta e oito) funcionários, alguns destes
pertencentes nossa empresa. O regime de trabalho da empresa no Pólo Moveleiro é de 8 (oito) horas semanais de
segunda a sexta, é nos sábados até ao meio dia.
4.1 Localização
O empreendimento está localizado;
entre os Km 03 e 04 no sentido PA
160 e PA 275 Zona Rural nesta cidade, tendo como coordenadas geográficas: Marco
M 07 – N 9.330.680,1326 e W 6.241.472.859 UTM.
4.2 Área
A
área total do empreendimento é de m2 essa área está dividida em infraestrutura
e local de armazenamento de madeiras,e demais instalações.
Cada
pequeno moveleiro, uma vez se instalado no pólo, será responsável pela
instalação da infra-estrutura de sua movelaria. Os 70 pequenos e médios
industriais terão uma área média de aproximadamente 1.980m² no pólo para a
construção de suas instalações, como galpões, casa de maquinas, dentre outras.
Figura02: Vista
da área do Pólo Moveleiro de Parauapebas.
4.3 Custos do Projeto
Para
a implantação do empreendimento foram gastos aproximadamente R$60.000 (sessenta
mil reais) para cada empresa em media, isso para a aquisição de novos equipamentos,
montagens e mudanças das estruturas existentes, dentre Oe equipamentos que
serão utilizados na marcenaria, alguns estão listados abaixo:
· Serra circular;
· Serra
fita;
· Plainas;
· Furadeiras;
· Lixadeiras,
dentre outros;
4.4
Fonte de abastecimento e consumo de água
De
acordo com Von Sperling (1996), encontra-se valores de demanda de água para
diferentes tipos de atividades, consideraram-se nos cálculos em todos os casos os
valores médios citados pelo autor.
a) Sanitário
masculino
· Entre10
e 25 litros
por usuários,
17,5
litros / usuário x 8 usuários / dia = 140
/dia.
b) Sanitário
feminino
· 5%
do número de usuários masculinos (valor estimado)
140 litros / dia x5 /
100 = 28 litros
/ dia
c) Águas
de processos
· Entre20
e 50 litros
por m³ de madeira processada.
50 litros / 12,5 m³ = 4,20 litros / dia
Então
o volume total estimado de água a ser
utilizada na assepsia e higiene dos funcionários, será de 11,9 m³/dia,e a água
utilizada nos processos industriais no pólo será de 4,20 m³/dia, e
essa água será originada do poço artesiano a ser escavado na área do pólo, até
o atendimento futuro pela concessionária pública de abastecimento de água.
4.5 Fonte e consumo de energia elétrica
A energia
elétrica utilizada do empreendimento
será oriunda da concessionária pública, e o consumo médio de energia
estimado por empreendimento moveleiro a ser instalado no pólo, é há cerca de 240
kw/mês.
4.6 Matéria–prima utilizada
O
uso da matéria prima florestal na indústria moveleira já não ocorre como em
tempos passados, quando para se ter qualidade era necessário o uso da madeira
maciça. Hoje a diversidade de materiais, e principalmente acabamentos, faz com
que a qualidade não seja inferior e o resultado final agrade a muitos
consumidores.
Seguindo
o princípio do desenvolvimento sustentável para as indústrias de móveis, pode-se
dizer que estas não devem deixar de utilizar os recursos florestais para a
confecção de seus produtos. No entanto, devem procurar usá-los de maneira
adequada, fazendo com que essa atividade não impeça que gerações futuras
utilizem os mesmos recursos.
Outro
ponto a ser considerado dentro da indústria moveleira, é a transformação da
matéria-prima florestal de madeira a não gerar desperdício e tampouco resíduos
que venham causar danos ao meio ambiente.
Com
o problema do risco de extinção de algumas madeiras como o mogno, muito visado
para a confecção de móveis, e a conseqüente proibição do corte de determinadas
espécies, foi necessária a busca de alternativas como, o uso de madeiras
reflorestadas, que segundo Bernarde (1999), na década de oitenta teve seu auge,
e fez com que os pólos moveleiros do sul e sudeste começassem a emergir.
O
volume de madeira estimado a ser transformada no pólo será na ordem de 21,6
m³/dia, sendo esta madeira originada de fornecedores legalizados. As madeiras
mais utilizadas no pólo serão:
Tabela 03: Espécies
que serão utilizadas no pólo moveleiro.
· Muiracatiara
– 5%;
|
· Cedroarna
– 40%;
|
· Tatajuba
– 10%;
|
· Cumaru
– 10%;
|
· Angelim
– 15%;
|
· Cedro
– 10%;
|
· Angico
– 10%;
|
|
5. Avaliação e identificação dos
impactos ambientais
A
exploração de recursos naturais é uma pratica necessária para o desenvolvimento
de produtos, porém se feita sem um controle pode ser caracterizada como uma
ameaça ao meio ambiente.
Para
Manzine e Vezzoli (2002), a quantidade de recursos utilizados deve ser
considerada na elaboração de um projeto, pois o impacto ambiental de um produto
diminui se os recursos forem minimizados, ou seja, se reduzir o consumo de
madeira e energia.
Papanek
(1984) Também faz afirmações com relação ao desenvolvimento de produtos no que
diz respeito aos impactos causados e aponta como conseqüências negativas:
· A
destruição dos recursos naturais não renováveis, assim como apoluição gerada
pela exploração destes recursos.
· A
poluição do ambiente e danos ao trabalhador causados pela manufaturados
produtos; os danos ambientais do desenvolvimento da embalagem assim como dos
produtos e a poluição gerada pelo uso e descarte dos produtos de forma
alienada.
· Para
a identificação dos impactos ambientais do
empreendimento, procurou-se primeiramente identificar e caracterizar as
atividades e os processos produtivos necessários ao pleno desenvolvimento das atividades do
pólo moveleiro, e sua relação com o meio ambiente.
E
para a avaliação dos impactos foi aplicado o método simplificado do Chek List, Método simples e de fácil
aplicação, onde o intracrusamento da informações obtidas permite identificar em que e como poderia ocorrer alteração
significativas do processos no meio ambiente, além das possíveis conseqüências
dessas alterações.
Considerou-se
que as possibilidades de ocorrência de algumas alterações e suas magnitudes em
um dado ambiente dependem dos fatores condicionantes locais e das atividades
envolvidas em cada processo produtivo.
5.1 – Avaliação
5.1.1 – Impacto sobre o meio físico
a) –
Solo
Os
efeitos sobre o solo ocorrem devido ao acumulo de serragem e pedaços de
madeira,quando são dispostos inadequadamente, pois são materiais que não se
agregam a outros materiais facilmente,e onde o processo de decomposição é longo.
São impactos negativos, de influência direta, de baixa magnitude, duração
longa, reversível e de abrangência local.
Esse
tipo de atividade geralmente resulta no derramamento de pequenas quantidade de óleo
e/ou graxa quando da lubrificação e engraxamento de maquinas e equipamentos, ou
da manipulação de tintas e solventes.Possíveis contaminações do solo podem
ocorrer devido a infiltrações de óleo e demais derivados de petróleo, que
percolam através do piso para o solo, se o mesmo apresentar incrustações. São
impactos negativos, e de influência indireta, de baixa magnitude, duração
longa, muitas vezes irreversível e de abrangência local.
b) -- Recursos atmosféricos
As emissões
de particulados, ruídos, vibrações e gases podem contribuir para a modificação
dos padrões de qualidade do ar ao nível micro-escalico na área do pólo
moveleiro, isso PR atingirem extensões pouco abrangentes. Geralmente são
impactos de influência direta, baixa magnitude, duração pequena, reversíveis e
de pouca abrangência local.
Com
relação a atividade de pintura de peças de madeira, estas normalmente contém
solventes na sua formulação, que são liberados na ar, bem como as tintas
utilizadas para a proteção e decoração em moveis de madeira que são
aplicadas por métodos de pistola.
Esse
impactos em termos de poluição do ar e estritamente local e de pouca
abrangência se restringindo a área do pólo moveleiro, sendo que essa atividade
não é de grande importância em termos de avaliação de representatividade de
impacto ambiental.
Com
relação ao acabamento dado ao produto, devem-se evitar produtos que acarretem
danos ao meio ambiente. Normalmente as tintas utilizadas para proteção e
decoração são aplicadas por método de pistola Que além de utilizarem solventes
considerados poluentes perigosos (FREEMEN, 1995). Os impactos característicos
dessa atividade afetam principalmente a saúde dos trabalhadores que lidam
comesses materiais constantemente, através de irritação da garganta, dos olhos e sensação de dores .
c) -- Recursos hídricos
Os efluentes gerados por solventes utilizados na
aplicação dos acabamentos e na limpeza
dos equipamentos de pintura, e a utilização de preservativos podem gerar
águas residuárias com elementos. São impactos de influência indireta, baixa
magnitude, duração longa, muitas vezes irreversíveis e de abrangência local.
Os
efluentes domésticos gerados pelo empreendimento são oriundos principalmente
pelas águas de vasos sanitários, banheiros e pias das atividades de assepsia dos
funcionários.
5.1.2 Impactos sobre o meio antrópico
Os
impactos ambientais mais significativos
se situam na área de influência direta do empreendimento, pois este exerce
função de supridor de bens e serviço. Em decorrência disso, os efeitos sobre a
economia local são bastante benéficos, pois muitas empresas deixam a informalidade.
São impactos positivos, diretos, permanentes, de abrangência local e com boa
possibilidade de otimização.
6.0 Águas residuárias
A indústria
deve estar inteirada sobre as questões ambientais, verificando o quanto seu
processo produtivo impacta o meio ambiente, positiva ou negativamente, além de
verificar o quanto é desperdiçado nesse processo. É necessário que o uso da
matéria-prima seja controlado, buscando um melhor aproveitamento, e que durante
o processo o desperdício seja o mínimo possível, gerando menos resíduos e minimizando
os impactos ambientais (BARROS, 2003).
Tanto
na indústria moveleira quanto em outras o impacto ambiental, ocorre em todo o
processo, e por isso as medidas mitigadoras devem estar presentes em todo ele, com
forme os itens abaixo explanados por
Pereira (2003).
a) Aquisição
da matéria-prima: identificar a procedência
da matéria-prima, para que não aja danos ao ecossistema;
b) Transformação
do material: Minimizar o uso de energia e produção de resíduos, verificar a
toxidade dos adesivos utilizados em painéis principalmente por causa dos
resíduos gerados;
c)Fabricação
do móvel: Reduzir o gasto de energia e
água, reduzir as perdas de material e
geração de resíduos, além de verificar a a possibilidade de se utilizar
o mínimo de substâncias danosas ao meio ambiente;
d)Distribuição:
produzir móveis desmontáveis que reduzam o volume, podendo assim transportar
mais peças por viagem , diminuindo a poluição atmosférica;
e)Uso:
Não usar substância tóxicas que prejudiquem o usuário;
f)Pós-uso:
quando o móvel for descartado não deve causar efeitos danosos ao solo, ar e
água, por uso indevido de substâncias tóxicas;
6.1 Águas residuárias
A
utilização de preservativos na madeira e dos acabamentos para a produção de
móveis pode gerar água residuarias com o aumento da concentração de elementos
tóxicos, e isso requer a limpeza e a reciclagem da água utilizada nos
processos. Para reduzir este tipo de impacto pode-se:
· Aumentar
os esforços para secagem da madeira, diminuindo assim a quantidade de
preservativos utilizados;
· Implantas
sistemas de alta velocidade para a aplicação de acabamentos e preservativos,
diminuindo assim a dispersão deste tipo de material;
· Instalar
um sistema de drenagem para coleta dos resíduos;
· Utilizar
blocos de concreto nas áreas de tratamento da madeira e nas áreas
intermediárias de estocagem para assegurar a coleta do material desperdiçado;
Outros
resíduos perigosos nas indústrias de móveis são gerados por solventes
utilizados na aplicação dos acabamentos e na limpeza dos acabamentos de
pintura, algumas estratégias podem ser usadas para reduzir os resíduos de
pintura, como:
· Treinamento
dos operários dos equipamentos com técnicas para minimizar os resíduos;
· Reaproveitamento
do material desperdiçado através de um sistema de coleta;
· Aplicação
de uma cor por dia, ou por equipamento, evitando a limpeza do equipamento
varias vezes sem necessidade;
· Reutilizar
o solvente através da reciclagem por
destilação;
Os
despejos constituídos pelas águas dos processos industriais e de lavagens de
peças serão direcionados para um sistema de tratamento especifico constituído
de caixa de areia e caixa separadora de água e óleo, a ser instalado em cada
movelaria.
Já
os efluentes domésticos gerados pelas movelarias serão direcionados para um
sistema individual de tratamento de esgoto, constituído de fossa séptica-sumidouro
a ser dimensionado de acordo com a geração efluente de cada unidade
moveleira.
6.2 Emissões atmosféricas
Na produção de móveis os adesivos usados para
colagem de algumas peças e aplicação de revestimentos, normalmente contém
solventes na sua formulação, que são liberados no ar, causando danos ao meio
ambiente e a saúde do trabalhador. As medidas mitigadoras que podem ser usadas
no caso da aplicação de adesivos são:
· Ajustar
a produção de cola de acordo com o teor de unidade da madeira ou do painel,
reduzindo assim o consumo, o custo e as emissões
· Utilizar
o método de extrusão para a aplicação do adesivo, resultando em menor
quantidade de resíduos;
· E
substituir os adesivos derivados do petróleo, normalmente utilizados na
confecção de móveis por adesivos menos tóxicos, como os de lignina e os de
resina de álcool furfuryl, adesivos
que estão em fase experimental (ENVIRONMENTAL Guidelines, 2003)
As
tintas para acabamento contêm compostos orgânicos voláteis – VOCs, que são
altamente perigosos para a saúde do trabalhador e para o meio ambiente. Algumas
medidas mitigadoras pra esse acabamentos são:
· Utilizar
tintas para acabamento com menor emissão de VOCs como tintas a base de água, por
cura ultravioleta UV, poliuretânicas e poliéster;
· Aplicar
o acabamento com um sistema spray de
alto volume e baixa pressão HVLP, proporcionando uma camada fina de tinta,
resultando em uma baixa emissão de VOCs e menor quantidade de material para
acabamento;
· Investir
em um equipamento de recirculação de ar, o que irá diminuir as emissões
atmosféricas, já que os métodos de aplicação por pistola, normalmente não são
equipados com filtros além de ter um custo menor que outros sistemas de controle de VOCs;
Para
a minimização dos impactos ocasionados no processo de pinturas de peças de
madeira, poderá ser construídas cabines de pintura em cada movelaria instalada
no pólo.
6.3 Resíduos sólidos
6.3.1. Resíduos de madeira
Em
todo o processo de transformação da madeira geram-se resíduos, em menor ou
maior quantidade, sendo que somente 40 e 60% do volume total da tora é aproveitado,
o restante torna-se resíduo.
Tabela 04: Rendimentos
obtidos após o beneficiamento
Volume de 1m³
|
Equivalente em tora
|
Aproveitamento (%)
|
Madeira serrada de
conífera
|
1,67
|
59,8
|
Madeira serrada de folhosa
|
1,82
|
54,9
|
Chapa de compensado
|
2,30
|
43,5
|
Laminado
|
1,90
|
52,6
|
Fonte: Fontes (1994) e
Olandoski (2001)
A
indústria moveleira tem como matéria prima principal a madeira e seus derivados
por isso tornam-se necessário que processe esse material de forma correta e racional.
Ao se processar a madeira, invariavelmente surgirá uma determinada quantidade de
resíduos que pode vir a se tornar um problema ambiental.
Os
resíduos da madeira proveniente da produção de móveis mais comuns são a
serragem e pedaços de madeira e painéis que são gerados no corte, devido ao
processo em si.No entanto a utilização inadequada do maquinário, e a secagem
incorreta da madeira e estocagem inadequada que provocam rachaduras nas peças aumentam
a quantidade de resíduos por não ser possível o aproveitamento do material.
De
acordo Gonçalves (2002) existem vários fatores que influenciam a formação de
cavacos no processamento da madeira, como tipo e superfície da madeira a ser
trabalhada, afiação e ângulos de saída das ferramentas de corte, e o teor de
umidade da madeira processada.
Algumas
estratégias de mitigação para a diminuição da geração de resíduos sólidos podem
ser usadas:
a) Treinar
os trabalhadores com técnicas eficientes de corte de madeira;
b) Considerar
re-projetos com formas que gerem menos resíduos no corte;
c) Estocar
madeiras somente se for protegida de elementos que podem estragá-las;
d) Segregar
os resíduos de madeira facilitando sua
reutilização no processo
e) Dar
um uso produtivo para os pedaços de madeira;
f) Evitar
o uso de materiais laminados com cola que possibilitem a emição tóxica quando queimados;
g) Usar
serragem e restos de madeira como combustível para caldeira (ENVIRONMENTAL
Guidelines, 2003)
Os
resíduos também poderão ser vendidos para outras empresas para a fabricação de
carvão vegetal, que é uma substância de cor negra obtida pala carboniza cão da
madeira ou lenha. É muito utilizado como combustível para padarias, churrasqueiras,
fogões a lenha.Sendo que 20% dos resíduos gerados no pólo serão direcionados para a empresa Recanorte
– Reformadora de pneus.
6.3.2
Resíduos Sólidos Diversos
Os resíduos
sólidos considerados como diverso são aqueles que não derivam da madeira. São
aqueles originados da varredura no final do expediente, O papel e o plástico
das embalagens, O metal que é um resíduo gerado na fixação das peças com grampos
e em pequenas quantidades as lixas.
Estes
resíduos estão enquadrados nas classes II E III (inertes e não inertes) de
acordo com a classificação da NBR10.004, e são considerados como não perigosos.
E os mesmos serão recolhidos pela concessionária pública de coleta de lixo da
cidade.
6.4
A
utilização de novas tecnologias
Outra
forma de se prevenir e controlar as agressões ao meio ambiente é a utilização do
MDL voltado para uma produção limpa, que de acordo com a obra Environmental Guidelines for Small-Scale
Activities in África (2003), é uma
estratégia preventiva designada para recursos, mitigar riscos para o ser humano
e o meio ambiente e promover uma melhor eficiência
nas técnicas produtivas e na tecnologia.
O
método de produção limpa inclui a substituição da madeira, a modificação dos
processos, a melhoria do maquinário e o redesign dos produtos. A utilização de Técnicas
de produção limpa, além de fornecer qualidade a saúde e a o meio ambiente,
também proporciona o uso adequado do maqunário, aumentando a qualidade do
produto e reduzindo a disposição de resíduos.
6.5Segurança
Como
em qualquer atividade industrial, O ambiente das indústrias moveleiras também
oferece riscos que são inerentes ao seu processo produtivo, operacional de
transformação e beneficiamento da madeira.
E em
se tratando da manipula cão de produtos de material combustível comum
(madeira), será necessário a instalação de extintores de incêndio tipo CO² em
cada movelaria do pólo. Todo o pessoal deverá ser treinado em combate a
incêndios com ênfase à correta utilização dos equipamentos, fazendo-se
necessário também a correta sinalização, indicando os locais que se encontram
os extintores.
7.0 Responsabilidades
a)da empresa
Fazer
cumprir as informações contidas neste relatório assim como viabilizar todas as
medidas necessária para a prevenção do equilíbrio ambiental.
Orientar
os cooperados e funcionários do pólo Através de treinamentos ministrados por profissional
qualificado de maneira que todos os envolvidos nas atividades possam contribuir
em todas as medidas preventivas e corretivas.
Adquirir
madeiras da serraria a ser instalado no
Polo moveleiro de Parauapebas dentro das
nomas ambientais.
Receber
madeira de origem legal, através de doações ou compra de manejo sustentável.
b)
dos funcionarios
Cumprir as informações contidas neste
relatório assim como viabilizar todas as medidas necessárias para a prevenção do equilíbrio
ambiental na movelaria e no pólo moveleiro como um todo.
Receber
madeira de origem legal, através de doações ou compra de manejo sustentável.
8.0
REFERÊNCIAS
ABIMÓVEL. Panorama do Setor Moveleiro no Brasil.
São Paulo, 2004.
ABIMÓVEL
E SEBRAE. Manual de orientação ISSO
14000 & Produção Mais Limpa. Setor moveleiro. Porto Alegre, 1999.
BARROS,
E.L.M. de. Gestão Ambiental no Setor
Moveleiro. Mobiliário e Madeira, Bento Gonsalves, v15, n°4, p.8, 2003.
Bernardi,
R. Por que painéis de madeira? Coletânea
de artigos Técnicos para a industria do
mobiliário III. Bento Gonçalves:
SENAI/ CETEMO, P.7-9, 1999.
EMVIRONMENTAL guidelines for small-scale activities in
áfrica: Environmentally sound design for
planning development activities. Washington: SD Publication
Series, 2003.
FONTES,
P. J. P. de. Auto-suficiência energética
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em engenharia florestal) Setor de ciências agrárias, Universidade Federal do
Paraná. Curitiba, 1994.
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Grau-Hill, 1995.
GONÇALVES,
M T. T. processamento da madeira. Bauru:
[s.n.], 2002
LIMA,
C.R.de. Viabilidade econômica da produção de briquetes a partir da serragem de
pinus SP. III Congresso Brasileiro de Planejamento energético. Departamento
de engenharia Florestal Universidade federal da Paraíba.
MANZINI
E,; VEZZOLE C. O desenvolvimento de produtos sustentáveis: os
requisitos ambientais dos produtos industriais. São Paulo: EDUSP, 2002.
OLANDOSKI,
D.P. Rendimento, resíduos e
considerações sobre melhorias no processo em indústria de chapas compensadas. Dissertação
(Mestrado em engenharia florestal) setor de ciências agrárias, Universidade
Federal do Paraná. Curitiba, 2001.
PAPANEK, V. Design
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York: Van nostrand Reinhold, 1984.
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São Paulo: Studio Nobel, 1995.
VALENÇA,
A. C.de V et aL. Os novos desafios para a industria moveleira no Brasil. Rio de
Janeiro: BNDES, 2002.
NOME
OU RAZÃO SOCIAL:
|
||||
NOME
FANTASIA:
|
||||
CNPJ-MF/CNPF:
|
INSC.MUNICIPAL:
|
INSC.
ESTADUAL:
|
||
LOCALIZAÇÃO
(RUA, AV):
Entre
os km 03 e 04na sentido PA 160 e PA 275.
Rua
;
|
N°:
S/N
|
|||
BAIRRO/DISTRITO:
Zona Rural
|
CEP:
68.515-000
|
|||
( ) LICENÇA PRÉVIA ( ) PRORROGAÇÃO DE LIC. PRÉVIA
( ) LICENÇA DE INSTALAÇÃO (
) PRORROG. DE LIC. DE INSTALAÇÃO
( ) LICENÇA DE OPERAÇÃO (
) RENOVAÇÃO DE LIC. DE OPERAÇÃO
( ) OUTROS:________________________
|
||||
LICENÇA
EXISTENTE N°:
|
VALIDADE:
|
VALOR
DO INVESTIMENTO
|
||
PRINCIPAIS
CARACTERISTICAS DO EMPREENDIMENTO/ ATIVIDADE:
Fabricação de artefatos
diversos de madeira, palha, cortiça, e material traçado—inclusive móveis
|
||||
LISTA DE ANEXOS
1. Requerimento SEMA;
2. Declaração
de Informações Ambientais;
3. Copia
do RG e do CPF dos proprietários;
4. Copia
do CNPJ;
5. Razão
Social;
6. Cópia da anotação de responsabilidade
técnica;
7. Cópia da carteira profissional dos
responsáveis técnicos;
8. Copia do mapa descritivo da área.
REQUERIMENTO
003/2010
Parauapebas
, 08 de Abril de 2010.
CNPJ-MF:
INSC.
ESTADUAL:
Endereço:
Pólo Industrial Moveleiro de Parauapebas
– Para.
Entre
o Km 03 e 04 no sentido PA 160 e PA 275
Vem
por meio deste relatório solicitar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
SEMMA, que conceda a Licença de Operação empreendimento acima mencionado.
Ciente
de sua atenção agradece.