sábado, 24 de novembro de 2018

Tesouro Direto


Vendas do Tesouro Direto batem recorde para meses de outubro
Publicado em 23/11/2018 - 16:43
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil Brasília





A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 2,085 bilhões em outubro, informou hoje (23) o Tesouro Nacional. O valor vendido por meio do programa Tesouro Direto é recorde para meses de outubro e o maior registrado desde março de 2017 (R$ 2,648 bilhões), quando as vendas tinham atingido o maior valor da história para um mês.

Pela primeira vez, o volume de investidores ativos ultrapassou 700 mil, atingindo a marca de 724.093 pessoas. Apenas no mês passado, 27.579 participantes passaram a investir em títulos públicos. O número de investidores cadastrados – ativos e não ativos – totalizou 2.815.930 pessoas.

No mês passado, os títulos mais vendidos foram os corrigidos pela taxa Selic (juros básicos da economia). Esses papéis concentraram 53,3% das vendas em outubro. Em segundo lugar, vieram os papéis vinculados à inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que responderam por 29% das vendas.

Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 17,6% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 75,2% do volume aplicado no mês.

Com o resultado de outubro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 1,46% em relação a setembro, alcançando R$ 52,3 bilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro resgatou R$ 1,805 bilhão. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas possam adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.


A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.



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Edição: Denise Griesinger

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Aproveitando as novas oportunidades


Eleição de Bolsonaro cria expectativa por aceleração de reformas
Entidades empresariais cobram ainda desburocratização e crédito barato
Publicado em 29/10/2018 - 17:08
Por Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil São Paulo








O antigo clamor da classe empresarial de que o país precisa passar por reformas estruturais para retomar o crescimento econômico foi a tônica das manifestações das lideranças empresariais em torno da vitória de Jair Bolsonaro para presidência da República. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) ainda destacou a necessidade de diálogo com o Legislativo e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a redução da burocracia.

“Tenho a certeza de que, com a aceleração das reformas econômicas e institucionais, como a da Previdência e a tributária, o país se fortalecerá e construirá, nos próximos quatro anos, uma economia mais produtiva, inovadora e integrada ao mercado internacional”, disse por meio de comunicado, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.

A aposta do setor, conforme revelou o líder empresarial, é que Bolsonaro possa formar uma base de apoio no Legislativo para a aprovação dessas medidas consideras por eles essenciais para o avanço da economia. “É imprescindível que os eleitos – o presidente da República, os governadores e os parlamentares – tenham liderança, ação e capacidade de negociação”, afirmou o presidente da CNI.

Já a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as Federações das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDLs), as Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDLs), a CDL Jovem e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) aproveitaram o momento para pleitear ações que melhorem as atividades do comércio.

Em nota assinada pelo presidente da CNDL, José César da Costa, o setor destacou que “é preciso, urgentemente, reduzir a burocracia e simplificar os processos que envolvem abertura, funcionamento e inovação das empresas. Além do mais, é fundamental avançar no desenvolvimento de políticas relacionadas à segurança pública, à infraestrutura e ao acesso a crédito privilegiando os empreendedores e, consequentemente, toda a sociedade brasileira”.

De uma forma geral, o mercado reagiu com otimismo à vitória de Bolsonaro, segundo especialistas. Já a agência de classificação de risco Moody’s cobrou mais clareza na agenda econômica do eleito para garantir mais confiança entre os investidores.

Reformas
A exemplo de outros segmentos da área produtiva, a CNI defendeu ainda o controle rigoroso nos gastos públicos, a eliminação do déficit público e a consequente redução da dívida pública. Além disso, na avaliação do líder empresarial, a economia do país só voltar a crescer de forma sustentada se houver segurança jurídica, entre outras medidas, como a ampliação dos investimentos em infraestrutura.

“O novo governo precisa encaminhar uma reforma tributária que simplifique o sistema, desonere os investimentos e as exportações, eliminando as distorções e a cumulatividade de impostos, bem como buscando a unificação dos tributos por meio da criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA)”, sugeriu Andrade. Ele também manifestou a expectativa de que sejam adotadas ações para facilitar a baratear o crédito.

Indústria gráfica
Em nota, a seção paulista da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abrigraf-SP) pediu “clareza na definição das prioridades e diretrizes da política econômica do novo governo”, além de redução da burocracia e diminuição de gastos públicos. Nesse comunicado a entidade também pede pressa nas mudanças pleiteadas.


“Acreditamos que Jair Bolsonaro será fundamental na manutenção dos valores democráticos e dos direitos e liberdades individuais de todos os brasileiros. Ressaltamos, porém, a urgência na promoção de ajustes fiscais, redução da interferência e do tamanho do Estado e a continuidade das reformas necessárias para o país, como a previdenciária, tributária e política”, disse por meio de nota

FecomercioSP
A necessidade de reformas também foi defendida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). “O mercado e o setor produtivo esperam um novo governo que coloque de forma clara as medidas prioritárias e suas diretrizes sobre a política econômica. Além de promover ajustes fiscais, reduzir seu grau de interferência, possibilitar as reformas nas áreas tributária, previdenciária e nos gastos públicos e diminuir a burocracia, estimulando o ambiente de negócios”, diz a nota da entidade.

Para a Fecomercio, a “Reforma do Estado brasileiro precisa ser iniciada imediatamente”. Quanto à reforma da Previdência Social, a entidade justificou que ela “precisa ser implementada, garantindo o equilíbrio do sistema para as gerações presentes e futuras”. Já em relação à reforma tributária, os empresários do setor demonstraram temor de que seja criado um novo imposto e lembrou que a sociedade brasileira “já arca com uma das maiores cargas tributárias do mundo”.

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Edição: Davi Oliveira