terça-feira, 31 de outubro de 2017

Polo Moveleiro em revitalização




A utilização social dos recursos da floresta

CONVENIO MADEIRA LEGAL
COOPMASP – VALE – PREFEITURA MUNICIPAL









A Cooperativa da Industria Moveleira e Serradores de Parauapebas existe há vinte anos. Nunca teve, desde sua fundação a oportunidade econômica e social que o CONVENIO MADEIRA ELEGAL trouxe a seus 94 (noventa e quatro associados): a real possibilidade de utilizar uma madeira cem por cento legal, sem sustos ou apreensões, capaz de resolver, de forma continua e garantida sua demanda por madeira da região.

Seus noventa e quatro associados se preparam para produzir esse móvel que pode ser comercializado dentro de uma janela de preços totalmente reformulada, mais barato e com a mesma qualidade.

AS partidas da madeira legal, em prosseguimento ao convenio firmado pelos entes acima, seguem dentro de todo cuidado e normalidade. Toda a documentação necessária ao transporte, deposito e utilização da madeira estão sendo observados criteriosamente. As madeiras doadas são as espécies liberadas pela legislação. A castanheira e outras espécies, ficam reservadas devido a legislação proibir quaisquer atividade ou utilização com sua madeira. Não há a doação, transporte ou cessão de castanheira, nem nesse convenio, nem em qualquer outra atividade de madeira local.

A cooperativa, após anos e anos de tentativas de se obter a madeira resultante da supressão para a mineração, finalmente conseguiu dar um destino sustentável ao que ficaria ao relento e ao tempo por décadas.

A supressão vegetal é a primeira e necessária etapa para que seja possível a mineração do subsolo, onde estão os minerais economicamente viáveis. A supressão da vegetal é autorizada e assistida pelo IBAMA. Todas as arvores de qualquer espécie estão autorizadas a serem derrubadas, deixando o campo limpo para a exploração mineral.

O que ocorria e sempre ocorreu é que essa madeira, algumas preciosas, outras de grande aceitação comercial, ficavam expostas ali, por décadas. Levaram anos para darem uma destinação sustentável – cedendo para as movelarias, que se encontram em situação difícil devido a grave crise econômica que estamos vivendo, poderem ter um novo folego.

Toda a rigidez documental da VALE e do SEMAS estadual foram e estão sendo observados. Compreendemos que a MADEIRA LEGAL é uma forma de sobrevivência para quem vive de carpintaria e marcenaria aqui na região onde cada vez mais é difícil se obter madeira.

É um CONVENIO do qual os cooperados e o poder político local tem muito orgulho. Damos uma destinação legal e produtiva a um subproduto da mineração.

Toda a documentação encontra-se a disposição de todos e sempre vamos propugnar a sociedade que, sem legalidade entramos no caos social, a floresta agradece. E

Não há mais espaço na sociedade para se aceitar comportamentos que coloque em risco o meio ambiente frente à realização econômica. O ato de cooperar nos legitima à destinação da melhor forma desse ativo natural – a madeira resultante da supressão vegetal da mineração. A postura na VALE neste contexto é essencial e muito importante porque, mesmo como empresa internacional e que paga todas as suas obrigações e impostos, consegue ir além e vislumbrar as demandas sociais que o desemprego exige. Ao assinar esse convenio e ceder a madeira, cem por cento dentro da lei, a VALE se insere no contexto preocupante da demanda por mais empregos de Parauapebas e região. 

Pelo apoio determinado e participação ativa no processo, fazem parte desse momento da cooperativa, a Prefeitura Municipal de Parauapebas, na pessoa do prefeito Darci Lermen, nossa Câmara Municipal, o Icmebio, a ALEPA e toda a sociedade civil que tem vibrado conosco cooperados e nossas familias. Nosso muito obrigado a todos!

Como cooperativa com tantos anos de atuação, estamos nos revitalizando. As ações ambientais e de segurança no trabalho estão sendo feitos coletivamente, mediante plano estruturado. Os custos de produção estarão se tornando ferramentas de gestão para todos os associados e estaremos desenvolvendo dinâmica própria das melhores cooperativas de produção do país. Nosso projeto é aproveitar ao máximo social, econômico e ambientalmente todos os recursos que sabemos, esse convenio nos trará. Unidos somos fortes e assim estamos vendo nosso momento e futuro!





terça-feira, 17 de outubro de 2017

Inovação e melhor compreensão da natureza



Hidroeletricidade sem barragens com gerador de borracha
Redação do Site Inovação Tecnológica -  04/10/2017








 Geradores de pequeno porte poderão ser instalados sem grandes obras de infraestrutura. [Imagem: Fraunhofer ISC]




Hidroeletricidade sem barragens
Considerada uma das fontes de energia mais ambientalmente corretas usadas em todo o mundo, a hidroeletricidade viu sua fama ser rapidamente denegrida pelos inimigos das barragens, que ocupam vastas áreas.

Em vista disso, uma equipe de engenheiros alemães está desenvolvendo uma nova forma de hidroeletricidade que simplesmente dispensa as barragens.

A ideia é usar microgeradores elastoméricos, materiais que geram eletricidade diretamente a partir do movimento - essencialmente borrachas flexíveis. Isso dispensa as turbinas, giradas pela água, que por sua vez acionam os geradores elétricos tradicionais.
Gerador de borracha
A técnica é baseada no chamado tubo de Venturi. Quando a água flui através de um tubo, cria-se uma pressão negativa que força o filme de elastômero a se estender para dentro. Uma válvula abre então rápida e automaticamente, equalizando a pressão e fazendo o filme retornar à sua posição original.

Essas películas finas e altamente flexíveis funcionam como um capacitor. Elas são recobertas dos dois lados com uma camada condutora e uma camada isolante de proteção. A camada condutora é ligada a uma diferença de potencial - uma tensão elevada. A constante deformação e relaxamento da película convertem a energia mecânica - cinética - da água diretamente em eletricidade porque o filme "bombeia" uma carga elétrica a cada deformação.

"Se nós aplicarmos um potencial de 4.000 volts, para cada deformação nós geramos 100 miliwatts de eletricidade por filme. Neste ponto, um alto volume de energia elétrica é gerado e carrega um dispositivo de armazenamento temporário em um circuito integrado. É daqui que nós sifonamos a energia. Esse ciclo de deformação e relaxamento é repetido a cada segundo," explicou o professor Bernhard Brunner, do Instituto Fraunhofer ISC (Instituto para Pesquisas de Silicatos), na Alemanha.

Geradores domésticos
A pressão do sistema pode ser ajustada mudando a espessura do filme ou da mangueira de fluxo, permitindo que o gerador seja adaptado a diferentes fluxos de água. "Uma vantagem crucial do nosso conceito é sua flexibilidade: ele pode ser usado em água de qualquer profundidade. Nossos geradores de elastômeros são ideais para rios pequenos e podem ser operados em velocidades de fluxo de até 0,5 metro por segundo e a profundidades a partir de 0,5 metro," disse Brunner.

A equipe está desenvolvendo dois tipos de gerador elastomérico: um que flutua e um que deverá ficar fixado no leito no rio. O objetivo principal é desenvolver geradores miniaturizados, com potência de cerca de 100 watts cada um, que possam ser utilizados diretamente pela população, sem depender de grandes projetos de infraestrutura.