segunda-feira, 25 de julho de 2016

Bancos absurdos



Três bancos aumentam taxa de cheque especial em julho, diz Procon-SP
  • 25/07/2016 16h28
  • Brasília



Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Três entre sete instituições financeiras analisadas em pesquisa da Fundação Procon-SP elevaram a taxa de cheque especial em julho. A taxa média foi de 13,46% ao mês (a.m.), superior à do mês anterior, que foi de 13,37% a.m., representando uma alta de 0,09 ponto percentual. 

As altas verificadas são no Banco do Brasil, que alterou de 12,40% para 12,61% a.m., o que significa uma variação positiva de 1,69% em relação à taxa de junho de 2016. O Bradesco alterou de 12,89% para 12,99% ao mês, uma variação positiva de 0,78%. A Caixa Econômica Federal alterou de 12,59% para 12,88% ao mês, variação positiva de 2,30%.

No caso de empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,56% a.m., superior à do mês anterior que foi de 6,48%, representando uma alta de 0,08 ponto percentual.

A única modificação nessa modalidade foi a do Banco Safra, que elevou de 5,40% a.m. para 5,90%, acréscimo de 0,50 ponto percentual, uma variação positiva de 9,26% em relação à taxa de junho .

De acordo com os especialistas da Fundação Procon-SP, é imprescindível que o consumidor tenha um bom controle financeiro, evitando contrair dívidas, pois as taxas de juros estão em patamares elevadíssimos, como comprova a pesquisa.
Edição: Maria Claudia
 

domingo, 17 de julho de 2016

Cooperativas, sempre



Isaac Guerreiro isaac.guerreiro@portalamazonia.com
15/07/2016 | 14h17 Atualizado em 15/07/2016 16:49:06
Como as cooperativas podem melhor a economia da Amazônia?
Região tem mais de 230 mil cooperados. Modelos de cooperativismo demonstram melhoria no desenvolvimento econômico


 Cooperativas fazem colheira de soja em Roraima. Foto: Divulgação/Governo de Roraima 


MANAUS - Uma em cada sete pessoas no mundo é associada a uma cooperativa. Os dados são da Aliança Cooperativa Internacional, órgão internacional que representa o movimento cooperativista. Na Amazônia, existem mais de 230 mil cooperados que adotaram o modelo socioeconômico capaz de gerar desenvolvimento na região.  

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que o segmento cooperativista exportou, em 2014, US$ 5,2 bilhões, alcançando superávit na balança comercial no valor de US$ 4,8 bilhões, a partir de relações comerciais junto a 143 países. Além de produtos agropecuários, as cooperativas contaram também com a participação nos setores de minério, calçados, transporte e turismo. A definição é da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).  

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As cooperativas da Amazônia geram mais de 12 mil empregos diretos e foi uma das regiões que mais cresceu no Brasil. Entre 2011 e 2015 a região registrou mais de 35 mil cooperados, um crescimento de 22%. Entretanto, o número é relativamente menor que no Sul e Sudeste ,onde ultrapassa a marca de 5 milhões de cooperados. 

As cooperativas da Amazônia são predominantemente agrícolas e de crédito. Em Roraima, a área de transportes de pessoas e cargas é essencial para as relações comerciais do Estado. De acordo com a OCB Roraima, apenas uma das cooperativas de transporte de cargas do Estado teve um saldo de R$ 21 milhões em 2015. 

Benefícios do cooperativismo
De acordo com a superintendente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Roraima, Jucelia Rodrigues, a Amazônia tem muito potencial, mas ainda é preciso criar uma cultura. "O cooperatismo é fonte de renda e um campo muito fértil a ser explorado, entretanto é necessário que o produtor crie uma cultura e possa visualizar o cooperativismo como ferramenta de desenvolvimento", informou ao Portal Amazônia. Um dos exemplos de consolidação no mercado, é a Cooperativa dos Cinco Polos. A associação nasceu de um projeto de assentamento da reforma agrária e, com dez anos de existência, já tem mais de mil famílias envolvidas. 

O pesquisador e professor da Universidade Federal de Roraima, Emerson Clayton Arantes, aponta que a cooperativa de Roraima tem grande evolução. "Acredito que seja preciso cada vez investir em informação porque cooperativas precisam de uma gestão muito bem atualizada. É um momento muito fértil para o cooperativismo na região", disse Arantes. 

Arantes explica que o cooperativismo foi crucial para o desempenho econômico da região. "Graças à ele um grupo de pessoas que antes tinham problemas na produção e venda de produtos isolada, agora pode dividir melhor os custos e dinamizar os recursos para gerar mais lucro e qualidade de vida", destacou. 

O pesquisador na área de cooperativismo, explica que quando você compra ou vende produtos em grande quantidade torna-se mais fácil negociar descontos e vender por bons preços. "Esse é um dos benefícios do cooperativismo. Além disso, o Governo oferece descontos fiscais para produtores que atuam dentro de uma cooperativa. Entretanto, o maior benefício é o social. Um dos pilares da atividade é ser um modelo voltado para as pessoas", elencou.  

Diante do cenário atuante do cooperativismo e para ajudar na gestão das associações, a Universidade Federal de Roraima oferece um MBA de Gestão de Cooperativas que atende vários integrantes de cooperativas do Estado.
A superintendente, Jucelia Rodrigues, acredita que a Amazônia vive um período de desenvolvimento para o setor. “A regiãoé muito fér til e o cooperativismo é uma ferramenta que traz aumento na produção e bem estar social. Quanto mais pessoas entenderem a filosofia do cooperativismo e aplicarem na criação de projetos maior vai ser o ganho geral não só em dinheiro, mas em qualidade de vida", finaliza.

sábado, 2 de julho de 2016

Brasil ainda devagar



Produção industrial tem queda de 9,8% de janeiro a maio
  • 01/07/2016 09h41
  • 01/07/2016 12h20
  • Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil

 Produção industrial teve expansão zero em maio Arquivo/Agência Brasil


Depois de dois meses consecutivos de crescimento (1,4% em março e 0,2% em abril), a produção industrial brasileira fechou o mês de maio com expansão zero (0%, em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais). Com o resultado de maio, a produção industrial acumulada nos cinco primeiros meses do ano continuou negativa, fechando o período janeiro-maio com queda de 9,8%.

Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil foram divulgados hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE. Na série sem ajuste sazonal, confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria encerrou maio deste ano em queda de 7,8%, a 27ª  taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e mais elevada do que a retração de 6,9% verificada em abril último, na mesma base de comparação.

Já a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, fechou maio deste ano com a queda de 9,5% e praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado em março e abril, quando mostrou a perda mais intensa desde os 10,3% de outubro de 2009.

Setores pesquisados
Apesar do crescimento nulo na produção industrial brasileira de abril para maio deste ano, na série livre de influências sazonais, houve expansão no parque fabril do país, entre um período e outro, em 12 dos 24 ramos analisados, com destaque para o avanço de 4,8% registrado por veículos automotores, reboques e carrocerias.

Segundo o IBGE, outras contribuições positivas sobre o total da indústria vieram de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (3,6%), de indústrias extrativas (1,4%) e de metalurgia (3,4%).

A pesquisa destacou, ainda, os resultados positivos assinalados por outros equipamentos de transporte (9,5%), bebidas (2,2%), celulose, papel e produtos de papel (2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,3%) e produtos de borracha e de material plástico (2%).

Em contrapartida, entre os ramos que fecharam maio em queda em relação a abril, o IBGE destacou produtos alimentícios (-7%), e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,2%).

Categorias econômicas
Entre as cinco grandes categorias econômicas, o IBGE constatou, entre abril e maio, crescimento em duas, queda em outras duas e resultado nulo (0%) em outra. Os dados indicam que o principal destaque entre as categorias com resultados positivos veio de bens de consumo duráveis (avanço de 5,6% em relação a abril, interrompendo quatro meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou retração de 13%). Também com expansão na série dessazonalizada, o item bens de capital fechou positivo em 1,5%.

Já entre as duas grandes categorias que fecharam negativamente, a maior queda deu-se em setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis, com retração de 1,4%, entre abril e maio, e em bens intermediários (-0,7%). No primeiro caso, foi a segunda retração consecutiva na produção; e no segundo, o segmento de bens intermediários voltou a recuar após crescer 0,5% em abril.

Queda acumulada
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Brasil indicam que a queda acumulada de 9,8% nos primeiros cinco meses de 2016, frente a igual período de 2015, tem perfil disseminado, com redução em quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 75,4% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção.

A maior queda foi verificada na atividade de veículos automotores, reboques e carrocerias: 24,2%. Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de máquinas e equipamentos (-18,3%), de metalurgia (-13,4%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,8%), de produtos de metal (-15,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-12,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,2%).

Já entre as das 26 atividades que ampliaram a produção nos cinco primeiros meses de 2016, a principal influência foi observada em produtos alimentícios (2,7%). Os demais resultados positivos foram registrados pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (3,1%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,4%).

Nas grandes categorias econômicas, a maior queda ocorreu no setor de bens de consumo duráveis, com retração de 24,7%, seguido de bens de capital, com menos 23%. No caso de bens de consumo duráveis, a maior pressão veio da redução na fabricação de automóveis (-24,4%) e de eletrodomésticos (-27,7%).

Três meses sem queda
Pela primeira vez desde 2012, a produção industrial brasileira encerra três meses consecutivos sem queda. Em 2012, a produção teve cinco meses consecutivos de expansão – de abril a agosto.

Na avaliação do gerente de coordenação de indústria do IBGE, André Macedo, o cenário dos últimos meses se apresenta melhor do que o de 2015 , embora o setor ainda não sinalize uma “reversão de tendência”.

Para ele, “essa sequência positiva e esse período de maior intensidade para a produção industrial não revertem quedas passadas. Mas, embora o resultado seja ainda negativo na taxa acumulada ao longo do ano, o cenário de queda é mais intenso e o aprofundamento da trajetória descendente da produção industrial parece ter ficado para trás. São três meses sem resultados negativos, um cenário diferente do que se viu no ano passado”, disse.

(*) Texto alterado às 12h20 para acréscimo de informações
Edição: Kleber Sampaio